Foi divulgado no dia 11 de março, pela
Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA), relatório da movimentação de sêmen no Brasil no ano de 2009. O forte abate de matrizes na última década, o alto preço de reposição, e a demanda global por carne bovina vêm modificando o cenário da crise financeira que atingiu diversos países. Os altos índices de comercialização de sêmen revelam que o pecuarista não deixou de investir em cria, utilizando a inseminação artificial como instrumento para aumentar sua produtividade e rentabilidade.
Conforme os dados do relatório, no geral foram comercializadas em 2009, 9.160.863
doses de sêmen, 11.65% a mais do que em 2008. No segmento de corte, a soma das raças resultou na venda de 5.213.030 doses. Segundo a associação, as raças de corte apresentaram, nos últimos dez anos, evolução de 51,9%.
De acordo com o gerente de produtos da Alta Genetics, Marcos Labury, houve uma procura acentuada por sêmen no país. "Sentimos uma explosão no mercado. Acredito que o IATF (Inseminação Artificial por Tempo Fixo) dinamizou o processo de inseminação", afirma.
O documento confirmou mais uma vez que raças zebuínas foram destaque nas vendas, e a
Nelore foi responsável pelo maior número de doses comercializadas, com 2.291.025 doses no último ano. "O mercado de prova (reprodutores avaliados) também acompanhou esta alta. Hoje a procura por sêmen de touros provados é muito maior. A tendência agora é a procura por sêmen de touros bons, de prova de desempenho", explica Labury.
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Por Bárbara Ferragini